Nas comemorações sempre vemos aqueles conhecidos hábitos: pessoas se abraçando, chorando, agradecendo e fazendo votos ou desejos. Há também os excessos na comida, na bebida, nos gastos, na maneira de comemorar. Além disso, sempre aparecem as roupas transadas, calçados novos, novos perfumes, enfeites e penteados que renderam horas e mais horas de preparação. Impossível esquecer os petiscos e as deliciosas sobremesas, tudo acompanhado por músicas, assovios e até fogos. Ah! Não podemos esquecer os presentes, pois se há motivos para comemorar, há, também, motivos para presentear.
As comemorações, com alguns acréscimos ou decréscimos, de tempos e tempos, acontecem. Os motivos também podem ser os mais variados: formaturas, aniversários, encontros familiares, encontros de amigos ou colegas de trabalho, aniversários, sonhos realizados, promoções e até mesmo festas de carnaval ou finais de campeonatos com o time do coração – tudo pode ser motivo para comemorar.
Agora, pare um pouco e pense nisso tudo relacionado ao nascimento de Cristo! Será que esse é o verdadeiro sentido do nascimento de Cristo, o Natal? Depois de mais um período de intensa comemoração e muita correria, que reflexão fica para sua vida?
Infelizmente, estamos vivendo dias em que os próprios cristãos transformam o Natal e até mesmo outras importantes datas da Igreja Cristã em “comemorações” vazias e sem sentido.
O comércio aproveita estes momentos para vender. Contratações e injeções do 13º ajudam a esquentar a economia do momento. E toda esta comemoração coincide com o final do ano, onde as pessoas fazem planos e mais planos, imaginando que seus problemas, dificuldades e frustrações ficarão para trás como um passe de mágica, com o pendurar do novo calendário na parede.
O que mais chama a atenção é que a Igreja Cristã, no embalo do “capitalismo selvagem” vai indo, cegamente, ao encontro do neoliberalismo, do consumismo e até mesmo da figura do Papai Noel, não propondo mudanças.
No próximo ano, tudo vai se repetir: comemorações com abraços, desejos, correrias, festas e muito cansaço... Se tudo isso ainda traz um pouco de força na fé e nos faz refletir no verdadeiro motivo do Natal, até tudo bem... mas que saibamos contar os dias e levar a verdadeira mensagem do Natal a este mundo: Jesus Cristo – comemorado por muitos, verdadeiro Deus de tão poucos.
Pr. Renato Luiz Hannisch