Fazem
cinco anos e quatro meses que nos mudamos para Palmas (Eu, minha esposa Andrea
e os filhos Elizabeth e Filipe). Neste espaço tão curto de tempo, foi possível
constatar como essa cidade está crescendo em vários aspectos e como ela oferece
uma boa qualidade de vida aos seus moradores.
Depois
destes anos aqui vivendo e convivendo já é possível dizer que essa cidade
também é “nossa”, pois aqui estamos construindo o dia a dia de nossas vidas:
trabalho, estudo, investimentos, lazer, vida religiosa, amizades etc.
Palmas
é uma cidade que oferece ótimas oportunidades de emprego, renda, investimento
em imóveis, educação, saúde e tudo mais que o ser humano desenvolve para o bem dos
seus.
Na
área educacional, políticas públicas procuram dar aos alunos, professores,
escolas e famílias aquilo que é necessário em uma boa educação. Lógico, que
sempre há melhoras e, com o franco desenvolvimento demográfico, há sempre novos
desafios nesta área, especialmente nas periferias da cidade.
Outra
área que ainda carece muito de expansão é a área de saúde. Já existem bons
hospitais e boas clínicas em Palmas, mas ainda faltam muitos profissionais, de
diversas áreas da saúde, para que, de fato, possamos dizer que a cidade tem um
bom serviço de saúde, tanto público como privado.
A
ULBRA, instituição na qual desenvolvo meu Ministério Pastoral como Capelão
Escolar do Colégio ULBRA Palmas, é uma instituição pioneira nesta cidade,
contribuindo muito com a história e formação de seu povo, pois a mesma está na
cidade há quase 21 anos, formando cidadãos desde a Educação Infantil até a Pós-graduação.
Esta
cidade, em sua maioria, formada por migrantes de vários lugares do Brasil e,
também por pessoas que para cá imigraram, vindas de diferentes partes do mundo,
é um belo exemplo cultural da pós-modernidade: o rock e o sertanejo, o ballet
clássico e a street dance, a vanguarda e a retaguarda
educacional, o analfabetismo e o ensino superior, a riqueza e a pobreza, o protestantismo
e o catolicismo, o capim e o ouro, o nacional e o importado, frequentam, em
larga escala, os mesmos espaços, lares e palcos e corações.
Muitas
pessoas que aqui se encontram sonham em voltar para os lugares de onde vieram: umas
já voltaram, outras já emigraram para novos lugares, tantas outras realmente voltarão
para sua “terrinha” e muitas e muitas outras aqui viverão até que o fim da vida
chegue.
Quando
o povo de Israel foi exilado sob o Domínio de Nabucodonosor, rei da Babilônia
(586 a.C.), muitos sonhavam com a volta para Jerusalém e para Israel. Enquanto
sonhavam com a volta para Jerusalém, o profeta Jeremias, porta voz de Deus,
disse aos israelitas: “Construam casas, e
morem nelas. Plantem árvores frutíferas e comam suas frutas. Casem e tenham
filhos. E que os filhos casem e também tenham filhos. Vocês devem aumentar em
número a não diminuir. Trabalhem e orem pelo bem da cidade para onde eu os
mandei como prisioneiros. Orem a mim, pedindo em favor dela, pois, se ela estiver
bem, vocês também estarão.” (Jeremias 29.5-7).
Longe
de sermos “prisioneiros” em Palmas, mas as mesmas palavras se aplicam, atualmente,
ao nosso povo: construam, plantem árvores, casem, trabalhem e orem, pois se a
cidade “estiver bem, vocês estarão bem”.
Uma
árvore plantada pode levar anos para produzir (essa provavelmente era a ideia
de Jeremias). Em muitos casos, somente depois de algumas décadas os frutos
serão colhidos. Muitas pessoas já “plantaram” nesta cidade e deram sua
contribuição para a mesma. Cabe a nós, hoje e amanhã, continuarmos o plantio
nesta cidade, pois os frutos, cedo ou tarde, virão.
Sigamos
em frente: trabalhando e orando. Fiquem na Paz!